Fernanda Cruz e Beatriz Pasqualino
Repórteres da Agência Brasil
São Paulo – O novo sistema de reconhecimento do eleitor por meio da impressão digital, chamada de identificação biométrica, apresentou falhas, no início da manhã de hoje (7), na cidade de Jundiaí, a 70 quilômetros da capital paulista. Os eleitores que votaram pela manhã enfrentaram filas de até 40 minutos para entrar na sala de votação.
Além de Jundiaí, que possui 257.151 eleitores, mais três cidades paulistas utilizam o sistema biométrico nestas eleições: Sales Oliveira (7.311 eleitores), Itupeva (31.426 eleitores) e Nuporanga (5.329 eleitores). Para a implantação desse modo de identificação, a Justiça Eleitoral escolheu municípios que já precisariam passar por uma revisão do eleitorado. Nessas cidades, o eleitor teve de comparecer ao cartório para comprovar o domicílio eleitoral. Em Jundiaí, os eleitores tiveram oito meses para fazer o cadastramento, que acabou em março deste ano.
Na Escola Estadual Rafael de Oliveira, a maioria das 11 salas de votação registrava filas de até 50 pessoas. De acordo com mesários, o leitor biométrico acoplado à urna eletrônica tem apresentado problemas para executar a leitura das digitais na primeira tentativa, o que tem gerado atraso na votação. Nessas urnas, é possível fazer até doze tentativas. O voto só é computado depois de confirmada a impressão digital.
A expectativa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é que, em 2018, o novo sistema já tenha sido implementado em todo o país. A identificação biométrica tem como principal vantagem a segurança, já que exclui a possibilidade de uma pessoa votar no lugar de outra, além de propiciar maior agilidade ao processo de votação. Com ele, o mesário não precisará conferir os documentos do eleitor.
Em todo o país, cerca de 7,7 milhões de eleitores, em 299 municípios de 24 estados, utilizarão a urna biométrica. Isso representa 5,5% do total de eleitores.
Edição: Lílian Beraldo