Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
São Gonçalo – Mesmo antes da abertura das seções eleitorais, às 8h, uma enorme fila com centenas de pessoas se formou em frente ao segundo maior local de votação do estado do Rio, o campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) em São Gonçalo, no Grande Rio. Ali, o número de eleitores é quase 14 mil.
Na Uerj, eleitores como Dorcelina Sabino, de 75 anos, chegaram às 6h, na expectativa de votar logo de manhã. “Eu nem precisava vir, porque tenho mais de 70 anos, mas resolvi votar. Acho que é importante votar, porque eu quero que as coisas melhorem, principalmente para os mais pobres”, disse.
Outra eleitora, Fátima Duim, que diz ter chegado à Uerj às 6h30, reclamava que muitas pessoas chegaram depois dela e entraram em sua frente na fila. “Eu vim cedo porque tinha que trabalhar às 7h. A gente sabe que só abre às 8h, mas resolvi tentar ver se conseguia votar mais cedo”, disse.
Marcos Pereira coordena o local de votação há mais de 20 anos e diz ser difícil controlar tantos eleitores e cerca de 200 fiscais e mesários distribuídos 37 seções eleitorais da Uerj.
“Lidar com o ser humano é muito difícil. Você tem que ter jogo de cintura, para ajudar as pessoas mais idosas, aquelas que reclamam”, disse Pereira. Pouco antes da entrevista à Agência Brasil ele teve que resolver o problema de dois jovens. Estavam sem título de eleitor, não sabiam o número de sua seção eleitoral e exigiam que os fiscais lhes dissessem onde deveriam votar.
Pelas ruas de São Gonçalo, assim como no Rio de Janeiro, são muitos os santinhos de candidatos jogados pelas calçadas por cabos eleitorais, na tentativa de conseguir o voto de eleitores indecisos na última hora. A Agência Brasil presenciou um cabo eleitoral numa moto lançando santinhos pelas ruas, pouco antes do início da votação.
Edição Beto Coura