Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O município de Águas Lindas (GO), a 44 quilômetros de Brasília, registrou substituição de duas urnas eletrônicas em função de problemas técnicos até o início da tarde deste domingo (7), informou o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO).
O TRE atendeu a oito chamados para assistência e manutenção desses equipamentos. Até o fechamento desta matéria, não havia prisões na cidade. Segundo o juiz Eleitoral da comarca de Águas Lindas, Luís Flávio Cunha Navarro, o único incidente constatado foi a presença, nas seções eleitorais, de fiscais partidários não credenciados no TRE-GO.
Acompanhado de agentes da Polícia Federal e Polícia Civil de Goiás, o juiz visitou locais de votação onde havia denúncias de que estava ocorrendo o problema. Uma funcionária do Cartório Eleitoral de Águas Lindas recolheu crachás de fiscais para verificar se os nomes deles constavam nas listas enviadas pelos partidos políticos ao TRE-GO. De acordo com Navarro, só receberia o crachá de volta, no período da tarde, quem estivesse com o credenciamento regularizado. O juiz confirmou que alguns crachás recolhidos não tinham o carimbo do TRE, necessário para a validação.
A Escola Municipal São Bartolomeu, localizada no Setor 9, foi um dos locais fiscalizados pelo juiz Eleitoral. Além da denúncia de fiscais não credenciados, outros contratempos tumultuaram a votação na instituição de ensino. Exaltados com o recolhimento dos crachás, fiscais de dois partidos políticos bateram boca e trocaram ofensas.
Além disso, urna eletrônica da Seção 126 da Escola São Bartolomeu deixou de funcionar duas vezes pela manhã, às 7h30 e às 9h30. Na primeira vez, os mesários reiniciaram a urna e ela voltou a funcionar normalmente. Na segunda, o equipamento só voltou a funcionar após ser religado por um técnico do TRE-GO, às 9h40. A urna não precisou ser substituída. De acordo com o TRE-GO, o local de votação registrou queda de energia elétrica. Esse pode ter sido o motivo da instabilidade no funcionamento da urna. Segundo o órgão, o problema já havia sido sanado no início da tarde.
No mesmo local de votação, a atendente Valdelice Carvalho dos Santos, 24 anos, discutiu com mesários da Seção 111. A eleitora admitiu que se enganou na hora de votar, mas alegou que a urna não funcionou da forma adequada quando ela tentou corrigir o erro. "O primeiro voto era para vereador e eu digitei o número do prefeito. Só que quando eu apertei o botão "corrigir", em lugar de zerar ela me remeteu logo ao próximo voto", reclamou ela, que queria uma "nova oportunidade" para votar. Os mesários argumentavam que Valdelice provavelmente selecionou a opção "confirmar" em vez de "corrigir", anulando assim o voto para vereador. Chamado para mediar a questão, o juiz eleitoral concluiu que o engano foi da eleitora.
Edição: José Romildo