Guilherme Jeronymo
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Carros com auto-falantes e muita propaganda eleitoral espalhada nas proximidades dos principais pontos de votação. Este é o cenário encontrado na avenida Guilherme Maxwell, um dos acessos das comunidades do Timbau e da Baixa do Sapateiro à Avenida Brasil. As duas comunidades fazem parte do Complexo da Maré, zona norte da capital fluminense.
Um aposentado, morador do local há 60 anos, que não teve o nome divulgado para evitar possíveis represálias, reclamou da presença ostensiva de cabos eleitorais em plena campanha.“Estão impedindo a gente de ir e vir. Passei agora no calçadão e tive que ficar desviando do pessoal. É muita sujeira, muita propaganda”, reclamou o morador, que votou na Escola Municipal Bahia. Ele considerou que houve uma “pressão” por parte dos cabos eleitorais, que também moram na comunidade.
Dentro da escola, transformada em zona eleitoral, também havia folhetos espalhados pelo chão. Pela manhã, os eleitores chegaram a formar filas e algumas pessoas chegaram a aguardar 30 minutos para votar ou justificar a ausência.
Houve quem acordasse cedo para votar ou para trabalhar na eleição. Denis de Souza, 21 anos, trabalhou como mesário. Ele chegou ao local de votação às 6h30. Ele disse que, ao chegar à seção, já encontrou eleitores na porta. “O pessoal gosta de fila”, brincou o rapaz, que trabalhou em seu primeiro pleito. “O chato é ter os amigos mandando mensagem”, disse.
O fiscal do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), Márcio Silva, 38 anos, disse não ter percebido nenhuma anormalidade na eleição.
Edição: Luciana Lima