Ana Lúcia Caldas
Repórter do Radiojornalismo
Brasília – A fragilidade do planeta Terra em meio às mudanças climáticas e as alterações promovidas pelas mãos do homem na natureza é o foco das imagens expostas pelo fotógrafo e ativista francês Yann Arthus-Bertrand na exposição A Terra Vista do Céu. As fotografias, que já foram exibidas ao público carioca, agora podem ser vistas pelos moradores da capital federal. De Brasília, a exposição segue para São Paulo e Belo Horizonte.
A exposição reúne 130 imagens feitas a partir de balões, helicópteros e aviões em diversas partes do mundo. As fotos têm 2 metros (m) de altura por 1,40 (m) de largura. Um dos destaques é o planisfério, uma espécie de mapa com 200 metros quadrados colocado no chão. A ideia é que as pessoas caminhem sobre ele e tenham a sensação de andar sobre o mundo, segundo os organizadores.
O coordenador-geral da exposição, Christian Boudier, disse que o artista se inspirou, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Eco92, para produzir as fotos.
“A necessidade de Yann de viajar vários países para mostrar não só a beleza como as ameaças surgiu na conferência”, disse o coordenador-geral. “Essa é uma exposição que vai até o público, que passa por ela, por exemplo, a caminho do trabalho”, disse Boudier.
A exposição foi montada ao ar livre, próxima ao Museu da República – um caminho muito utilizado por quem sai da Rodoviária do Plano Piloto e vai para a Esplanada dos Ministérios.
Na visita a Brasília, Arthus-Bertrand pretende fazer imagens aéreas, utilizando um helicóptero que sobrevoará os principais pontos da capital. As fotografias serão incluídas no livro da exposição que estará disponível para o público enquanto o evento estiver na cidade
Em 2000, o projeto foi apresentado pela primeira vez, em Paris, na França. Depois disso, a exposição foi vista em 110 países por mais de 120 milhões de pessoas, até chegar ao Brasil, o que coincidiu com a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho deste ano.
Edição: Lílian Beraldo