Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Os conflitos entre a Turquia e a Síria se intensificaram hoje (4), depois que uma aldeia turca na fronteira de Akçakale foi atacada por sírios. Ontem começaram os primeiros confrontos, sendo que alguns tiros atingiram o posto fronteiriço sírio de Tal Al Abyad. A organização não governamental (ONG) Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) informou que vários militares morreram devido a um ataque do Exército turco.
O governo turco pediu ao Parlamento autorização formal para executar operações militares em território sírio em nome da “segurança nacional”. O Parlamento se reuniu hoje com urgência para autorizar formalmente o Exército a conduzir operações em território sírio. A Constituição turca prevê que qualquer operação militar externa deve ser autorizada previamente pelo Parlamento.
Os deputados turcos devem debater um texto proposto pelos conservadores que define que, “se necessário”, o Executivo autorizará operações armadas na Síria porque “as atividades hostis visando ao território turco estão a ponto de se tornar um ataque militar e, por isso, podem ameaçar a segurança nacional”. A autorização é válida por um ano.
Apesar de dois partidos da oposição, incluindo a principal força que é o Partido Republicano do Povo, terem anunciado que votariam contra, o Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), no poder, dirigido pelo primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, dispõe de confortável maioria na Assembleia Nacional e o texto deverá ser aprovado sem dificuldades.
Desde ontem à noite, o comando da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) está reunido com representantes de 28 países para avaliar os confrontos entre a Turquia e Síria. A reunião foi solicitada pelo governo turco e ocorre em Bruxelas, na Bélgica.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Edição: Graça Adjuto