Carolina Gonçalves e Renata Giraldi
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Ao mencionar, no discurso em Nova York, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, ocorrida em junho, no Rio de Janeiro, a presidenta Dilma Rousseff deve reiterar o apelo para que todos se comprometam de forma prática e objetiva com as metas fixadas há três meses. Dilma ressaltará, na Assembleia Geral da ONU, que é fundamental haver um esforço conjunto para garantir o desenvolvimento comum.
Durante a Rio+20, líderes e negociadores de mais de 190 países concordaram em fixar como prioridades o fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), a criação de um Fórum Político de Alto Nível Internacional e o desenvolvimento sustentável com erradicação da pobreza.
O documento final foi considerado um avanço pelas autoridades brasileiras, mas recebeu críticas das organizações não governamentais que esperavam mais ousadia nas propostas.
Para o governo brasileiro, o desenvolvimento sustentável é a principal alternativa para melhorar a situação de vida da humanidade e do planeta. Na Rio+20, Dilma alertou que os países não podem retroceder em relação a esse modelo de desenvolvimento e que as economias devem ir além das propostas negociadas ao longo da conferência.
No seu discurso na 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas, Dilma deve retomar o tom de cobrança e exigir que os países desenvolvidas aprovem medidas mais ambiciosas de cooperação com o desenvolvimento sustentável.
O papel dos países em desenvolvimento nas negociações tem sido destacado pelo governo brasileiro. Nas últimas discussões referentes aos vários aspectos de desenvolvimento sustentável, os líderes dos países em desenvolvimento têm assumido compromissos considerados concretos pelos especialistas, como as propostas de mudanças de padrões de consumo e produção.
Ao final da Rio+20, as autoridades brasileiras e estrangeiras apresentaram uma série de metas voluntárias às decisões assumidas na declaração conjunta da conferência. A delegação anunciou o repasse de US$ 6 milhões para o Pnuma e US$ 10 milhões destinados ao enfrentamento das mudanças do clima nos países mais vulneráveis da África e pequenas ilhas.
Edição: Talita Cavalcante