Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Procuradoria-Geral do Egito instaurou hoje (18) um processo contra sete egípcios cristãos que vivem nos Estados Unidos, suspeitos de estarem envolvidos na produção e distribuição de um filme anti-Islã. A divulgação do filme gerou, há uma semana, uma série de protestos em vários países e acarretou ataques em cadeia a embaixadas e consulados dos Estados Unidos e países aliados. Em um dos ataques, morreram quatro norte-americanos, inclusive um embaixador.
Por decisão da Procuradoria-Geral do Egito, foram abertos processos contra sete homens seguidores da religião copta, que reúne a maior comunidade cristã do país. Os denunciados são Morris Sadek, Nabil Bissada, Esmat Zaklama, Élia Bassily, Ihab Yaacoub, Jack Atallah e Adel Riad. Todos são acusados de insultos à religião islâmica, ofensas ao profeta Maomé e incitação ao ódio religioso.
A data do julgamento ainda não foi marcada. A acusação dos sete coptas está relacionada ao filme A Inocência dos Muçulmanos, que satiriza Maomé e a religião muçulmana. O filme resumido foi divulgado na rede YouTube.
No Cairo, pelo menos uma pessoa morreu e mais de 50 ficaram feridas durante os protestos ocorridos em frente à Embaixada dos Estados Unidos no Egito. O imã Al Azhar, autoridade xiita no país, defendeu a aprovação de “uma resolução internacional” proibindo qualquer ofensa ao Islã.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa // Edição: Juliana Andrade
Mulher-bomba provoca atentado no Afeganistão em reação ao filme anti-Islã e mata 12 pessoas
Protestos violentos contra filme anti-islâmico prosseguem nos países muçulmanos
Líder do Hezbollah avisa que repercussões perigosas podem ocorrer devido ao filme anti-Islã
Participantes da Caminhada da Liberdade Religiosa condenam filme com ataque ao profeta Maomé
Al Qaeda diz que ataque a consulado dos EUA na Líbia vingou morte de número 2