Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – As suspeitas de uso de armas atômicas na Síria e do desenvolvimento de programas nucleares na Coreia do Norte e no Irã são os principais temas da conferência que começa hoje (17) e vai até o fim de semana da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), ligada à Organização das Nações Unidas. A conferência será presidida pelo embaixador uruguaio Carlos Barros Oreiro, de 62 anos.
Na abertura da conferência, o diretor-geral da Aiea, Yukiya Amano, destacou as possibilidades de uso pacífico da energia nuclear. Porém, reiterou que a preocupação é com a implementação de acordos de salvaguardas com a Coreia do Norte e países do Oriente Médio. “Graças à iniciativa de usos pacíficos, lançada em 2010, estamos vendo um aumento dos recursos disponíveis para projetos de cooperação técnica”, disse durante discurso.
Ao longo desta semana, os especialistas discutirão sobre produção de alimentos, proteção dos alimentos e segurança alimentar, além do uso de energia nuclear na área de saúde. “[O tratamento contra o câncer] em países em desenvolvimento é uma das prioridades da agência”, disse Amano.
O diretor disse ainda que uma das suas metas é criar um Centro de Formação de Câncer na Aiea, no complexo em Seibersdorf, perto de Viena, onde há laboratórios “Isso proporcionará a formação especializada de profissionais de saúde, utilizando tecnologias de ensino avançadas para complementar a formação já existente no Laboratório de Dosimetria da Aiea”, disse.
Em relação às preocupações sobre mudanças climáticas, tema de conferência que ocorre esta semana em Brasília, Amano disse que a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho, no Rio de Janeiro promoveu uma série de avanços nas discussões. Segundo ele, esses debates demonstraram o interesse dos países em debater a questão e buscar soluções.
Edição: Lílian Beraldo