Luciene Cruz e Mariana Branco
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – O Ministério da Fazenda reduziu para 2% a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. Até o momento, o governo federal trabalhava com uma taxa de 3% para 2012. O mercado financeiro trabalha com o índice menor desde julho.
Ao anunciar novas medidas de estímulo à economia, o ministro Guido Mantega admitiu hoje (13) que a economia brasileira não deve crescer mais que 2%, em 2012. O novo percentual é bastante inferior ao crescimento acima de 4% projetado no início do ano, pelo governo, para o período.
Com isso, pela primeira vez, a estimativa do Ministério da Fazenda é menor que a do Banco Central (BC), que prevê alta de 2,5% no PIB deste ano. A previsão do BC pode ser revista na divulgação do Relatório de Inflação, que sai até o final do mês. Os economistas do mercado financeiro, por sua vez, têm previsão ainda mais baixa, com alta de 1,6%.
Questionado sobre a alta dos preços, Mantega manteve o discurso otimista. “A própria redução dos juros reduz o custo financeiro e acaba diminuindo os preços. A inflação está sob controle. Tivemos um choque de oferta [...]. Não há pressão inflacionária no país que não seja choque de oferta. Com todas estas medidas, teremos inflação bem comportada no Brasil em 2013”, garantiu.
Segundo o ministro, as medidas adotadas pelo governo neste ano, como a redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) para a linha branca e automóveis. O corte dos encargos sobre energia elétrica, anunciado nesta semana, também deve contribuir para o controle da inflação.
Edição: Lana Cristina//O terceiro parágrafo sofreu ajuste porque, antes, dizia que a nova estimativa do Ministério da Fazenda para o PIB era mais otimista que a do BC, quando, agora, é o contrário. Alteração feita às 17h37