Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Exército Brasileiro foi acionado para amenizar a escassez de milho no Semiárido nordestino e outras regiões afetadas pela estiagem. A região enfrenta a maior seca dos últimos 50 anos e, apesar de o governo ter autorizado a remoção de 400 mil toneladas de milho para pequenos criadores de aves e porcos, existe dificuldade de frete causada pelo crescimento da demanda e por novas regras que aumentaram o tempo da entrega e o preço das tarifas.
Na última sexta-feira (31), o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, se reuniu com o ministro da Defesa, Celso Amorim, para pedir apoio das Forças Armadas. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) enviou hoje (4) ao Ministério da Defesa um memorando com a listagem das origens e dos destinos da produção de milho para resolver o problema de abastecimento.
A partir de agora, o Ministério da Defesa deve elaborar um plano emergencial de remoção do cereal. Segundo a Conab, um dos problemas enfrentados é que o Exército teria condições de transportar apenas carga ensacada. A estatal fará, então, o ensacamento de 400 toneladas por dia, sua capacidade atual, e pedirá o apoio logístico do Exército para transportar a carga, em processo que deve prosseguir até o fim do ano.
Além do apoio das Forças Armadas, a Conab informou que continuará realizando seus leilões com contratação de frete. Na próxima quinta-feira (6), serão contratados os serviços de transporte para remover 116.818 toneladas de milho de Mato Grosso e Goiás para o Nordeste (AL, BA, PB, PE, PI, RN), Sul (RS e SC) e Sudeste (MG e ES). O edital com os novos valores deve ser publicado ainda hoje no site da Conab.
Edição: Davi Oliveira
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