Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff manifestou hoje (4) apoio ao início do processo de paz entre o governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), formalizado em anúncio no começo desta tarde. Governo e guerrilheiros vão elaborar um plano de paz que ponha fim a quase meio século de combates e violência na região.
Ontem (3) pela manhã, o presidente colombiano Juan Manuel Santos telefonou para Dilma para avisar sobre o início da negociação formal entre as partes. Em nota, a presidenta disse que o acordo é motivo de celebração em toda a América do Sul e que a paz na Colômbia é fundamental para a consolidação do processo de integração da região.
“O êxito das negociações trará grandes benefícios para o povo colombiano e consolidará a imagem de uma América do Sul, que realiza hoje grandes transformações de paz. Nossas sociedades repudiam o uso da violência – venha de onde vier – para enfrentar os problemas econômicos, sociais e políticos da região”, diz a mensagem da presidenta, que será encaminhada ao presidente colombiano.
Por enquanto, não houve pedido, por parte da Colômbia, de participação do Brasil na negociação. Cuba, a Noruega, o Chile e a Venezuela atuarão como mediadores no processo. As negociações começarão na capital norueguesa, Oslo, na primeira quinzena de outubro, e continuarão na capital cubana, Havana, de acordo com os detalhes divulgados nesta terça-feira pelo governo colombiano.
Dilma afirma ainda que o Brasil, historicamente, tem defendido o diálogo e a negociação. O Brasil participou de operações de libertação de quatro reféns das Farc, entre 2009 e 2012. “Estou segura de que os atores envolvidos nesse processo de paz e reconciliação nacional terão a visão política e a sensibilidade social para pôr fim em primeiro lugar este grande país que é a Colômbia. Essa será a melhor maneira de homenagear as vítimas de tantas décadas que trouxeram dor e pesar aos colombianos”.
Edição: Lana Cristina