Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A confiança do comércio na economia brasileira diminuiu 4% na comparação entre a média do trimestre terminado em agosto de 2012 e a do mesmo período do ano passado, ao passar de 131,1 para 125,8 pontos. O Índice de Confiança do Comércio (Icom) foi divulgado hoje (4) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Em julho, a confiança havia apresentado queda de 3,4%, no mesmo tipo de comparação.
Segundo a FGV, se considerado apenas o mês de agosto, o resultado ficou em 127,4 pontos, abaixo da média histórica dos 30 meses da pesquisa (130,8 pontos), o que sugere um quadro de moderação da atividade do setor.
A queda da confiança foi influenciada principalmente pelo varejo. No segmento de veículos, motos e peças, houve queda de 3,4% no trimestre encerrado em agosto, ante a variação de -4,5% em julho em julho. No segmento de material para construção, a confiança diminuiu 7,6% em agosto, após recuo de 9,1% no mês anterior. No atacado, as taxas para os mesmos períodos foram -2,9% e -3,7%, respectivamente.
De acordo com a FGV, as variações interanuais do indicador trimestral mostram evolução favorável em sete dos 17 segmentos pesquisados.
Entre os componentes do Icom, houve piora do Índice da Situação Atual (ISA-COM) e relativa estabilidade do Índice de Expectativas (IE-COM). O ISA-COM médio do trimestre encerrado em agosto foi 4,1% inferior ao do mesmo período do ano passado; em julho, a variação havia sido de -2,3%, na mesma base de comparação. Das empresas consultadas, 19,4% avaliaram o nível atual de demanda como forte e 22,7% como fraca. No mesmo período de 2011, esses percentuais haviam sido de 20,5% e 19,7%, respectivamente.
Em relação às expectativas, o IE-COM recuou 4% em agosto na comparação com o de igual período de 2011, ante queda de 4,2%. Entre os quesitos analisados, a estimativa de vendas para os três meses seguintes foi o fator que mais contribuiu para o resultado. Dentre as empresas consultadas, 61,3% esperam aumento e 4,1%, diminuição das vendas (contra 65,3% e 4%, respectivamente, em 2011).
Edição: Juliana Andrade