Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) firmou protocolo de intenções com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para encontrar uma solução jurídica para os 26,7 mil vagões, locomotivas e carros de passageiros que hoje estão sem uso. Segundo o presidente executivo da ANTF, Rodrigo Vilaça, o problema deve ser resolvido pela União, já que os equipamentos são passivos da malha ferroviária federal, remanescentes da privatização do sistema, que ocorreu há 15 anos.
“Atrapalham porque ocupam espaço de trilhos, que já estão reduzidos. O Poder Público precisa assumir a sua responsabilidade para que a iniciativa privada possa acelerar”, disse Vilaça hoje (4), durante o evento Brasil nos Trilhos, promovido pela ANTF. Ele defende que seja feito com os vagões um processo de sucateamento, a exemplo do que ocorreu com aviões que estavam ociosos nos aeroportos brasileiros.
Segundo Vilaça, além da limitação de área física para novos trens, os vagões parados podem trazer problemas sociais, possibilitar o tráfico de drogas e até a proliferação de mosquito da dengue. “A responsabilidade não é das concessionárias. A decisão sobre o assunto está atrasada 15 anos. Quanto antes vier, melhor para o sistema.”
Edição: Nádia Franco