Luciene Cruz, Stênio Ribeiro e Wellton Máximo
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – O governo reduziu para 4,5% a previsão de crescimento da economia para 2013. A projeção está no Projeto de Lei do Orçamento Geral da União encaminhado hoje (30) ao Congresso Nacional. Anteriormente, a equipe econômica projetava expansão de 5,5% para o próximo ano, número que constava da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a estimativa de expansão da economia é arrojada ao se levar em consideração a crise econômica internacional. “Nossas previsões estão na contramão da economia mundial, que está e continuará em crise. Estamos sendo ousados em estimar um PIB de 4,5%”, declarou o ministro.
O projeto do orçamento estima que a inflação oficial pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingirá 4,5% em 2013, exatamente no centro da meta. O salário mínimo será R$ 670,95, significando reajuste de 7,9%. Por lei, o salário mínimo é reajustado pela inflação do ano anterior mais a variação do PIB de dois anos antes.
O superávit primário (economia de recursos para pagar os juros da dívida pública) totalizará R$ 155,9 bilhões (3,1% do PIB) para a União, estados e municípios. Desse total, R$ 108,1 bilhões (2,2% do PIB) caberão ao Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central), mas até R$ 25 bilhões de gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) poderão ser abatidos da meta. Esse mecanismo, no entanto, não tem sido usado desde o ano passado.
De acordo com o orçamento, as receitas líquidas do governo federal para o próximo ano totalizarão R$ 1,026 trilhão, 12,6% a mais que em 2012. As despesas primárias aumentarão 12,3% e somarão R$ 943,4 bilhões. No próximo ano, a equipe econômica projeta gastar R$ 52,2 bilhões com o PAC e o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, alta de 22,8% em relação a este ano.
Edição: Davi Oliveira