Polícia Civil fluminense cria núcleo para combater ações criminosas de torcidas organizadas

27/08/2012 - 20h09

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A Polícia Civil fluminense decidiu combater as ações criminosas promovidas por integrantes de torcidas organizadas de clubes de futebol. Com a criação do Núcleo de Apoio aos Grandes Eventos (Nage), anunciada hoje (27) pela chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha, os torcedores que cometerem qualquer tipo de delito serão investigados com todo rigor. “Pode ter certeza de que todos os casos levados à Polícia Civil, em qualquer lugar desse estado, serão apreciados com rigor, no sentido de não tolerar qualquer ato de vandalismo”, disse.

O Nage será formado por oito delegacias especializadas, que vão atuar interligadas, entre elas, de acordo com Martha Rocha, estão as delegacias do Consumidor (Decon), de Homicídios, Defraudações e a Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat), que ficará responsável pela coordenação do núcleo.

“A gente fortalece a Deat e, ao mesmo tempo, trabalha com todas a unidades aqui presentes. Cada uma, no seu ramo de atribuição, vai estar em busca de cada vez mais executar melhor suas atribuições nos grandes eventos”, declarou a delegada.

A decisão da Polícia Civil em adotar novas medidas para coibir ações criminosas das torcidas organizadas foi tomada após 21 integrantes da Young Flu (torcida organizada do Fluminense) espancar e roubar dois torcedores do Vasco da Gama, no último sábado (25). Na ocasião, todos os envolvidos foram presos em flagrante e encaminhados ao Complexo Penitenciário Bangu 2, na zona oeste da cidade. Eles vão responder pelos crimes de lesão corporal e roubo.

A delegada disse ainda que a Polícia Civil pretende procurar a Federação de Futebol do Rio de Janeiro para discutir medidas a fim de evitar que episódios como o de sábado voltem a ocorrer. Ela ressaltou que a polícia tem pensado em outras estratégias, como, por exemplo, rever o atual modelo de distribuição gratuita de ingressos para as torcidas organizadas.

O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, disse que as ações de combate a crimes cometidos por torcidas organizadas têm sido desenvolvidas de forma pontuais e exemplares. “As pessoas têm que arcar com a consequência do ato cometido. Seja no jogo de futebol ou em qualquer outro evento. As pessoas têm que sofrer uma punição exemplar”, disse, durante encontro no Teatro Carlos Gomes, no centro do Rio.
 

Edição: Aécio Amado