Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Cerca de 300 servidores federais da saúde ocuparam na manhã de hoje (23), por cerca de uma hora, duas faixas da Avenida Brasil, uma das principais vias de chegada à região central da capital fluminense. O objetivo do protesto era chamar a atenção da população para a precariedade dos hospitais federais e das condições de trabalho dos servidores.
Após deixarem a Avenida Brasil, os manifestantes deram um abraço simbólico ao Hospital Federal de Bonsucesso, na zona norte da cidade. Apesar de a manifestação ter começado e terminado na entrada da unidade o atendimento aos pacientes não foi prejudicado.
A professora autônoma Leila Correa, que acompanhava a mãe, a aposentada Neide Correa, 71 anos, em uma consulta, elogiou o atendimento do hospital. Ela não poupou críticas, entretanto, à falta de estrutura do local. “O atendimento é de primeira, só não é melhor porque há falta de investimento. Esta greve é justa”, disse.
Durante a tarde, os sindicatos estaduais dos servidores se reunirão para avaliar a manifestação e acompanhar a rodada de negociações do comando nacional grevista com o Ministério do Planejamento.
Para Júlio Tavares, representante de um dos sindicatos da categoria, a proposta de reajuste do governo - de 15,08% parcelado em três anos - não atende à necessidade dos trabalhadores. “A nossa categoria é a que menos ganha no setor federal. Para nós [servidores] um aumento de cerca de 15% parcelado em três vezes, não corresponde a nada. Seriam R$ 100 anualmente a partir de 2013”, destacou.
O protesto foi pacífico e acompanhado pela Polícia Militar, que liberou a passagem de veículos na via. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio), o engarrafamento nas pistas laterais da Avenida Brasil, por conta da manifestação, chegou a mais de 4 quilômetros de extensão.
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Edição: Lílian Beraldo