Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O corpo do flautista Altamiro Carrilho será sepultado nesta quinta-feira (16), às 14h, no Cemitério Municipal de Santo Antônio de Pádua, no noroeste fluminense, cidade natal do músico. De acordo com familiares de Altamiro, o velório também será na cidade.
Um dos mais importantes instrumentistas brasileiros, Altamiro Carrilho morreu na manhã de hoje (15), na Clínica Enio Serra, no bairro de Laranjeiras, zona sul do Rio. Ele tinha 87 anos e esteve internado durante cerca de um mês no Hospital São Lucas, em Copacabana, para tratamento, segundo familiares, de um câncer no pulmão. Teve alta, mas na última segunda-feira voltou a passar mal e foi levado para a clínica onde morreu.
Nascido em 21 de dezembro de 1924 na cidade de Santo Antônio de Pádua (RJ), Altamiro Carrilho foi um dos maiores divulgadores, no Brasil e no exterior, do choro, tendo se apresentado em 48 países. Virtuose na flauta transversal, o músico gravou, ao longo da carreira iniciada na década de 40, mais de cem discos e foi autor de cerca de 200 composições do gênero que o consagrou, entre elas Bem Brasil, Cheio de Moral, Flauta Chorona e Canarinho Teimoso.
Em dezenas de discos de artistas da música popular brasileira, Altamiro Carrilho marcou presença com solos de flauta na introdução de canções. Entre outras, destacam-se Detalhes, de Roberto Carlos, e Meus Caros Amigos, de Chico Buarque.
Para o radialista e pesquisador Osmar Frazão, que apresenta na Rádio Nacional do Rio o programa Histórias da MPB, Altamiro Carrilho foi o maior flautista da música brasileira. “Ele era um apaixonado, um estudioso do instrumento. Tivemos na nossa música outros grandes flautistas, mas nenhum superou Altamiro. Ele tocava a flauta com um sentimento fora do normal”, disse.
Edição: Fábio Massalli