Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) fizeram hoje (8) uma operação-padrão na Ponte Rio-Niterói, perto da Praça de Pedágio. Eles paravam os carros e checavam a documentação dos motoristas. A operação causou engarrafamentos em toda extensão da ponte e em seus acessos e saídas.
O objetivo da ação, chamada de Operação Colina, foi chamar a atenção do governo federal para as reivindicações da categoria. Os patrulheiros querem melhores condições de trabalho e salarial
O presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Rio de Janeiro, Marcelo Novaes, disse que o protesto foi marcado para a parte da tarde a fim de não atrapalhar o trânsito. No entanto, não foi o que relataram os motoristas que passavam pela ponte.
O mecânico industrial Leonardo Gonçalves, de 33 anos, que foi parado durante a operação, acredita que a ação deveria ser feita de outra maneira. ´"A operação é válida, porém causa um transtorno danado. O trânsito normal já é um caos, imagina uma operação nessa hora?", disse.
O motociclista Marcelo Ferreira, de 35 anos, que também foi parado pelos agentes, concordou com o Leonardo."Acho válido, mas, se fosse melhor organizado, o trânsito estaria fluindo. Deveriam fazer em sistema de pare e siga. Do jeito que está, o trânsito fica bem congestionado. Ainda bem que estou de moto", completou.
Já no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, na Ilha do Governador, as pessoas que circulavam pelo terminal foram surpreendidas com a operação-padrão dos policiais federais. Eles faziam inspeção minuciosa dos documentos e da bagagem dos passageiros, causando lentidão no setor de embarque.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Rio de Janeiro, Telmo Correa, a operação-padrão ocorre em todos os estados e no Distrito Federal. Segundo ele, entre as reivindicações da categoria estão a reestruturação da carreira dos agentes, escrivães e papiloscopistas, reajuste salarial e a criação de uma norma oficial, definindo a área de atuação das três funções.
Já quem precisou pegar o passaporte, encontrou o serviço suspenso. O documento estava sendo entregue apenas em casos excepcionais, como para quem fosse fazer tratamento médico no exterior ou por motivo de trabalho em outro país.
Matéria ampliada às 19h15
Edição: Aécio Amado