Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As autoridades do Irã trabalham para reunir representantes de 15 países – da África, Ásia e América Latina – com o objetivo de discutir a situação na Síria. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, e o secretário do Supremo Conselho de Segurança Nacional, Saeed Jalili, defendem uma discussão sobre o que chamam ser a realidade dos fatos. Para Jalili, há acusações indevidas ao governo do presidente sírio, Bashar Al Assad.
Nos 17 meses de conflitos na Síria, o Irã demonstrou ser um dos parceiros mais leais ao regime Assad, assim como os governos da China e da Rússia. Os iranianos resistem à imposição de sanções e eventuais restrições à Síria em decorrência da repressão e da série de violência na região. A estimativa de organizações não governamentais é que mais de 20 mil pessoas tenham morrido no país.
Segundo o ministro das Relações Exteriores, os laços que unem o Irã à Síria são “profundos e espirituais”. Salehi defendeu a busca por uma solução democrática para a crise que atinge a Síria, na qual a oposição quer a renúncia de Assad, e o presidente resiste. Ontem (7), Assad se reuniu com Jalili, em Damasco. Depois, o iraniano seguiu para o Líbano.
“A violência já custou a vida de muitos civis sírios”, ressaltou Jalili, rejeitando a ingerência estrangeira na Síria. “O povo sírio deve determinar seu próprio destino”, disse. "A nação síria, que é um pioneira na libertação de terras muçulmanas e apoia a resistência islâmica, pode determinar seu próprio destino.”
Em relação ao sequestro de 48 peregrinos iranianos, no último dia 5, nos arredores de Damasco, Jalili ressalta que o governo do Irã esgotará todos os métodos legais para garantir a libertação dos peregrinos.
*Com informações da agência pública de notícias do Irã, a Irna, e da emissora estatal de televisão do Irã, Press TV.
Edição: Talita Cavalcante