Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Por mais de três meses, Kofi Annan, ex-secretário-geral da ONU, que ontem renunciou ao cargo de mediador oficial das Nações Unidas e da Liga Árabe na Síria, tentou negociar a execução de um plano de paz na região. Annan conversou com o presidente sírio, Bashar Al Assad, a oposição e autoridades russas e chinesas – que resistem às sanções à Síria. Mas não obteve sucesso, apenas promessas sem prazos.
Pelo plano apresentado por Annan, todos os envolvidos nos conflitos na Síria devem seguir uma série de pontos. O primeiro deles é que a transição política no país deve ser conduzida pelas forças internas, sem ingerências externas, com o objetivo de resolver as aspirações e preocupações do povo sírio. Em segundo lugar, é necessário acabar com a violência de todos os lados.
No terceiro ponto, a referência é para que as forças do Exército cessem o uso de armas pesadas. Também há ordem para permitir a ajuda humanitária, a libertação dos presos políticos, a autorização para a livre circulação de jornalistas e a liberdade de manifestações.
A presidenta Dilma Rousseff, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e a representante do Brasil na ONU, embaixadora Maria Luiza Viotti, manifestaram-se várias vezes em favor das ações de Annan e do plano de paz.
Há 17 meses, eclodiram os protestos e a onda de violência na Síria. A oposição insiste na renúncia do presidente sírio, há quase 11 anos no poder. Assad reage com repressão. Segundo ele, forças externas incitam a oposição síria. A pressão da comunidade internacional é para que Assad aceite uma transição política no país.
Edição: Juliana Andrade