Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Doença infecciosa grave, a febre hemorrágica ebola foi identificada, pela primeira vez, em 1976, na República Democrática do Congo, perto do Rio Ébola, daí o nome. Pesquisadores belgas examinaram vítimas após epidemias que mataram adultos e crianças no Congo, no Gabão, em Uganda e no Sudão. Pouco tempo depois, houve mais duas epidemias na região.
Mas há indicações de que, em 1967, foi identificado um vírus da doença na África, a partir de células dos rins de macacos de Uganda. Atualmente os cientistas analisam dois tipos distintos de vírus que causam a doença Ebola–Zaire (EBO–Z), Ebola–Sudão (EBO–S).
A febre hemorrágica ebola é transmitida apenas pelo contato direto. Uma das suspeitas é que na África a doença seja mais comum porque há a tradição de lavar os corpos dos mortos durante a preparação para o enterro. O corpo da vítima do ebola permanece contagioso mesmo depois da morta. O ebola não é contagioso com o contato pelo ar, mas por meio de secreções e sangue. A orientação é que as equipes de enfermagem e médica usem luvas e filtro respiratório.
O período de incubação do vírus ebola dura de cinco a 12 dias. Os sintomas são febre alta, calafrios, dor de cabeça, anorexia, náusea, dor abdominal, dor de garganta e prostração profunda. Em alguns casos, aparecem conjuntivite hemorrágica, feridas nos lábios e boca, sangramento da gengiva e vômito com presença de sangue, além de hemorragia intestinal.
A revista científica News Medical informa que não há um tratamento padrão para os pacientes que sofrem com o vírus ebola. Vários estudos estão em desenvolvimento e medicamentos são aplicados na tentativa de conter o avanço da doença e melhorar o estado geral dos pacientes.
Edição: Alberto Coura