Guilherme Jeronymo
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Uma passeata reuniu hoje (31), no centro da capital fluminense, servidores das carreiras técnicas e superiores, professores e alunos das instituições federais de ensino superior (Ifes) e representantes de centrais sindicais. No começo da tarde, os manifestantes ocuparam parte das avenidas Presidente Antonio Carlos e Rio Branco e seguiram até as escadarias do Palácio Tiradentes, sede do Poder Legislativo fluminense. De acordo com os organizadores entre 3 mil e 5 mil manifestantes estiveram presentes. Já a Polícia Militar calculou cerca de mil pessoas.
O protesto teve o objetivo de pressionar o governo federal a reabrir as negociações com o funcionalismo em greve. Concentrados na Candelária, onde discursaram contra a posição do governo em relação ao movimento da categoria, os manifestantes também criticaram o adiamento da reunião com os representantes dos servidores federais marcada para hoje.
“O governo não está negociando com os trabalhadores, e por isso, a CUT [Central Única dos Trabalhadores], nacionalmente, apoia integralmente a greve dos servidores, lamentando e sendo contra o Decreto 7.777/2012, que a entidade considera um equívoco e uma atitude intransigente”, disse Darby Igayara, presidente estadual da CUT.
Entre as principais revindicações dos grevistas estão: reabertura das negociações; estabelecimento de uma data-base para os servidores públicos; rejeição da Medida Provisória 568/2012 e do Decreto 7.777/2012, que, respectivamente, mudam a remuneração de carreiras da saúde e de adicionais de insalubridade e permitem a substituição, em períodos de greve, de servidores federais por servidores estaduais e municipais; realização de reajustes salariais variados (por categoria); e a regressão da política de terceirização de servidores em órgãos públicos.
Edição: Aécio Amado