Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini, avaliou que o desempenho da indústria no mês de junho foi positivo e indica uma ligeira melhora.
Para ele, com os resultados alcançados é normal que a indústria espere que haja uma recuperação. “De qualquer maneira, essa situação de recuperação está muito frágil, mas pode ser um sinal de uma mudança no segundo semestre”.
Segundo os dados divulgados pela entidade hoje (31), com ajuste sazonal, o nível de atividade industrial do estado teve elevação de 0,7% em junho, na comparação com maio. Sem o ajuste, foi verificada uma queda de 1,4%. Na comparação com junho do ano passado, o nível de atividade da indústria paulista caiu 6,3 %. No acumulado do ano, a queda ficou em 6,4 % ante o mesmo período de 2011. Nos últimos 12 meses, foi registrada queda de 3,8 %.
O levantamento mensal mostrou ainda que, em junho, as horas trabalhadas na produção aumentaram 0,2%; o total de vendas reais, 0,5%; e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci), 0,2%. O Nuci ficou em 80,6, quando em junho do ano passado foi 82,2.
Entre os setores destacados está o de artigos de borracha e plástico, que sofreu queda de 2,6% ante maio, mas cresceu 0,1% na comparação com junho do ano passado. No acumulado do ano, a atividade no setor cresceu 1,8% e no acumulado dos 12 meses, 2,3%.
Já o setor de metalúrgica básica caiu 4,2% em junho comparado a maio. Na comparação com junho de 2011, teve elevação de 2,1%. No acumulado do ano, o setor recuou 1,9% e, nos últimos 12 meses, 1,5%. “Esses setores estão sentindo o reflexo da queda da indústria automobilística, com a qual ambos estão ligados, pois produzem peças para as montadoras”.
De acordo com a pesquisa Sensor feita pela Fiesp, as expectativas dos empresários para o mês de julho estão em 49,6 pontos, o que pode ser considerado equilíbrio na comparação com o registrado no mês anterior, 48,4. O mercado ficou com 52,2 pontos, as vendas com 47,9, emprego com 48,5 e investimentos com 56,3 pontos. O único item que ficou abaixo dos 50 pontos foi estoque, com 43,2.
Edição: Lana Cristina