Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Pelo terceiro dia consecutivo, os confrontos armados em Alepo, a segunda maior cidade da Síria e capital econômica do país, intensificaram-se hoje (26). Dominar a cidade passou a ser um desafio para o Exército Livre Sírio (ELS), principal grupo da oposição, e as forças leais ao governo do presidente sírio, Bashar Al Assad. A tensão na Síria dura mais de 16 meses e deixou mais de 16 mil mortos, inclusive crianças e mulheres.
O presidente do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahmane, disse que se Alepo for dominada pela oposição, o governo “estará acabado”. Nos últimos dias, os combates deixaram pelo menos 15 mortos apenas na cidade e 143 em todo o país. As manifestações noturnas persistem em diferentes bairros.
Também hoje foram registrados confrontos na capital da Síria, Damasco, e na cidade de Yarmouk, o maior campo de refugiados palestinos do país, de acordo com os comitês de coordenação popular. No Norte, a oposição informou que ganhou a adesão de estrangeiros para reforçar a luta pela queda do governo.
A Arábia Saudita, país que apoia a oposição síria assim como os outros países do Golfo Pérsico, vai propor nos próximos dias que a Assembleia Geral das Nações Unidas adote uma resolução que faça referência ao risco da Síria utilizar armas químicas em caso de intervenção militar estrangeira. A proposta saudita deve ser votada no início da próxima semana. O novo documento pode exigir acesso livre humanitário a certas regiões da Síria.
*Com informações da emissora pública de rádio da França, RFI
Edição: Carolina Pimentel