Renata Giraldi e Allen Bennett
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Ao discursar hoje (26), no Global Investment Conference, em Londres, no Reino Unido, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse a economia global “está muito desafiadora” para o Brasil. Segundo ele, o país está preparado para enfrentar esses desafios por meio de adaptações e esforços. De acordo com Tombini, a economia brasileira se recupera e conta com um mercado de crédito e confiança.
Tombini disse que a economia brasileira “está pronta” para crescer 4% no quarto trimestre do ano. “A esperança é retomar o crescimento estável. Temos um mercado de crédito e confiança. As exportações e importações estão abaixo do esperado, mas vão bem”, disse ele.
O presidente do Banco Central disse que o Brasil está conseguindo reagir aos impactos da crise econômica internacional. Tombini acrescentou ainda que o país enfrenta um momento de demanda forte e bom nível de emprego, o que para ele colabora para sustentar a previsão de crescimento econômico.
Tombini fez uma análise sobre as medidas adotadas pelo governo nos esforços de reagir aos efeitos da crise e garantir o crescimento econômico do Brasil. Para ele, os “países emergentes têm mais espaço para fazer adaptações” e assim avançar, obtendo a estabilidade financeira, em comparação aos mais ricos.
O presidente do Banco Central lembrou que o Brasil registrou um rápido crescimento econômico, em 2010, depois sentiu uma redução no ano passado, obrigando o governo a implementar medidas de ajustes e agora ocorre a retomada.
Segundo Tombini, as pessoas acompanham o noticiário econômico e se assustam com o que ouvem, veem e leem. Diante disso, os governos são levados a fazer adaptações nas suas políticas econômicas. Apesar do tom otimista do discurso, ele reconheceu que o ambiente global “está difícil e pode ficar pior”.
No entanto, o presidente do Banco Central disse que a expectativa é que, ultrapassados os efeitos da crise econômica internacional, os países possam “olhar para o futuro” e ter condições de competitividade. Ele defendeu que os governos trabalhem para atingir esse objetivo.
“[É necessário] desenhar políticas [públicas] para atingir esses objetivos [que levem ao crescimento econômico e à competitividade]”, disse Tombini. “O Brasil precisa estar preparado para enfrentar um elevado nível de competição depois da crise.”
Edição: Talita Cavalcante