Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Laszlo Csatary, ex-militar nazista acusado de cumplicidade na morte de mais de 15 mil judeus, foi localizado em Budapeste, na Hungria. Mas há dúvidas sobre como o governo húngaro procederá em relação a Csatary. Serge Klarsfeld, que integra um movimento de defesa das vítimas e suas famílias do regime nazista, disse desconfiar sobre o encaminhamento de Csatary para um processo judicial.
“Não tenho a certeza de que haja uma ação legal por parte deste governo conservador”, disse Klarsfeld, advogado francês. Em 1948, Csatary foi julgado à revelia por um tribunal tcheco e condenado à morte.
De acordo com informações oficiais, as autoridades húngaras investigarão os documentos apresentados pelo Centro Wiesenthal – que é o maior museu da memória do Holocausto do mundo. Segundo integrantes do centro, Csatary é o suspeito mais procurado no mundo.
O Centro Wiesenthal apelou ao Ministério Público húngaro para que leve Csatary a julgamento. De acordo com o centro, durante a 2ª Guerra Mundial, ele foi oficial de polícia na cidade eslovaca de Kosice, então sob controle húngaro.
Os investigadores do Centro Wiesenthal informaram que Csatary era cúmplice na deportação de milhares de judeus de Kosice e dos arredores para o campo de concentração de Auschwitz, na fronteira da Polônia e com a Alemanha.
Csatary fugiu inicialmente para o Canadá, onde trabalhou sob identidade falsa como negociador de arte até ser descoberto, em 1995, e obrigado a fugir.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa
Edição: Talita Cavalcante