Polícia Federal prende no Rio bando que roubava cargas dos Correios

13/07/2012 - 14h02

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Quatro pessoas foram presas hoje (13) pela Polícia Federal na operação É Bom Ser do Bem. Os agentes desarticularam uma quadrilha de roubo a cargas dos Correios que atuava em São Gonçalo, região metropolitana do Rio, desde 2011. Os agentes continuam à procura de mais um bandido, identificado como Gordinho, que está foragido.

Entre os presos está uma advogada criminalista, com quem foi encontrado um revólver calibre 38. A mulher era uma das pessoas que dirigiam para a quadrilha e foi identificada porque em seu carro, utilizado nos roubos, estava estampado adesivo com a frase É Bom Ser do Bem, que inspirou o batismo da operação. Ela também defendia na Justiça parte do bando que foi presa ano passado.

De acordo com o titular da delegacia da Polícia Federal em Niterói, Hylton Coelho,  a quadrilha roubava aparelhos eletrônicos - como câmeras, computadores e iPads (computadores em forma de prancheta) - comprados na internet e enviados pelas lojas virtuais via Correios.

Os ataques se intensificaram a partir de maio, culminando com uma greve de carteiros no mesmo mês. Outros movimentos por mais segurança também paralisaram a entrega de encomendas em outras regiões do Rio, no ano passado.

"O bando é de São Gonçalo, onde existe uma intensa movimentação de cargas dos Correios e onde os integrantes da quadrilha moram. Ali ficava fácil roubar e levar para casa sem ter que se movimentar muito pela cidade. Como os caminhões não têm escolta, quem está com a carga é sempre o motorista e o carteiro, que não vão reagir", revelou Coelho, responsável pelas prisões.

A operação da Polícia Federal não recuperou mercadorias porque os mandados foram cumpridos no esconderijo dos bandidos e não onde as cargas estão escondidas. O valor do montante roubado também não foi informado. Segundo o delegado, só os Correios podem precisar o prejuízo. A delegacia de Polícia Civil de Roubos e Furtos de Carga também acompanha o caso.

Edição: Davi Oliveira