Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O medicamento oseltamivir, de nome comercial Tamiflu, não integra mais a lista de substâncias sujeitas a controle especial. Com isso, pode ser comprado nas farmácias ou retirado em unidades públicas de saúde com apresentação somente de receita médica simples, sem necessidade de retenção de uma via no estabelecimento. O antiviral é usado no tratamento da gripe, inclusive em casos de influenza A (H1N1) – gripe suína.
O Ministério da Saúde informou que a determinação tem como objetivo facilitar o acesso da população ao medicamento por diminuir a burocracia no processo de compra. A orientação é que o tratamento com o remédio seja iniciado o mais rápido possível após o surgimento dos primeiros sintomas, sem aguardar resultados de laboratório ou sinais de agravamento no caso de pacientes que apresentem síndrome gripal e façam parte dos grupos vulneráveis à doença – gestantes, crianças pequenas, idosos, obesos e portadores de doenças crônicas.
A expectativa do Ministério da Saúde é que, com a mudança, dimimua a resistência dos médicos em prescrever a medicação, que antes era controlada. Outra possível consequência é o aumento do acesso ao Tamiflu nas unidades de saúde, já que nem todas distribuem medicamentos controlados e agora a distribuição seria facilitada porque este remédio é considerado comum.
Pacientes com síndrome gripal e que não pertencem aos grupos de risco devem receber o medicamento quando manifestarem sintomas graves, como falta de ar ou persistência da febre por mais de três dias. Segundo o ministério, o antiviral deve ser tomado nas primeiras 48 horas após o início da doença para atingir a eficácia máxima.
O Tamiflu é oferecido de graça pelo Sistema Único de Saúde (SUS) mas, para retirar o remédio, é necessário apresentar prescrição emitida por médicos da rede pública ou privada.
Em 2012, o governo federal enviou às secretarias estaduais de saúde 418,8 mil caixas do remédio – cada uma com dez comprimidos, quantidade suficiente para o tratamento completo. O ministério informou ainda que, na medida em que forem consumidos, novos lotes serão enviados.
Edição: Carolina Pimentel//Matéria ampliada às 19h31