Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Servidores públicos de 32 órgãos federais em São Paulo começam decidir amanhã (10) se aderem ou não à paralisação nacional da categoria. A decisão pela greve já foi aprovada pelos servidores em assembleia estadual realizada no último dia 2. No estado, estão parados principalmente servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e professores das universidades Federais de São Paulo (Unifesp), São Carlos (UFSCar) e do ABC (UFABC).
“A gente fez uma assembleia estadual, aprovou a greve e agora, nos locais de trabalho, o pessoal irá decidir se adere ou não à greve. Diversos órgão já estão fazendo paralisações de um dia durante a semana”, disse o diretor do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal do Estado de São Paulo, Felipe Andrade.
Entre os 32 órgãos federais no estado que podem ser afetados pela greve estão o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Departamento Nacional de Produção Mineral.
Já iniciaram a paralisação os servidores do Incra. No Judiciário, os servidores suspenderam a greve na última quinta-feira (5), mas vão fazer nova assembleia amanhã (11) para decidir o futuro do movimento.
Os servidores do Executivo federal reivindicam melhorias salariais, novos concursos públicos, contratação de servidores, plano de carreira, criação e estabelecimento de data-base no dia 1º de maio, melhores condições de trabalho, equiparação de salário e benefícios com os servidores do Legislativo e Judiciário.
Hoje, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que a “grave” crise econômica internacional vai impor ao governo federal a definição de prioridades nas negociações salariais com servidores públicos que estão em greve. Entre essas prioridades, Mercadante destacou que a educação é uma delas, como a estruturação das carreiras dos docentes universitários.
Edição: Aécio Amado