Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Entre os cerca de 25 mil moradores da Estrutural, região administrativa do Distrito Federal, apenas 15% têm acesso à internet, segundo estimativa da administração local. Esse foi um dos fatores para que a localidade fosse escolhida para participar do Projeto Cidades Digitais, do Ministério das Comunicações, que prevê a digitalização e a integração dos serviços dos órgãos públicos municipais.
Em um primeiro momento, todos os órgãos públicos da cidade terão acesso à internet banda larga, o que, segundo o coordenador do projeto na cidade, Rangel Ferreira, vai significar um salto de qualidade nos serviços, pois hoje a administração acessa a rede mundial de computadores por meio de modems ou rádio, que têm uma conexão menos estável. “Já fazemos muitos serviços que dependem do acesso à internet mas, uma vez ou outra, a internet tem queda no rendimento, e a população é que sai prejudicada. Nossa expectativa é que o atendimento seja mais rápido e mais eficiente”, explica.
A administração regional também quer que cada órgão público tenha um espaço para que a população possa acessar a rede, além de três pontos de internet sem fio nas principais praças da cidade, onde há maior circulação de pessoas. Mas, segundo Ferreira, também será preciso capacitar a população e os funcionários públicos, por meio de cursos e oficinas. “Temos um plano grandioso, mas é preciso acompanhar a situação local”.
O Ministério das Comunicações divulgou na semana passada a lista das 80 cidades selecionadas no Projeto Cidades Digitais e a Estrutural foi a única localidade contemplada na Região Centro-Oeste. O edital para contratar as empresas que vão montar a estrutura para acesso à internet deve estar pronto no fim do mês e a expectativa do ministério é que até o fim do ano a etapa de instalação seja concluída. A previsão é que em janeiro as cidades tenham a infraestrutura disponível.
Por meio do programa, o governo federal vai disponibilizar para as prefeituras a infraestrutura de rede para ligar todos os pontos da administração municipal, além de aplicativos para gestão financeira e tributária, saúde e educação. O ministério trabalha com um orçamento inicial de R$ 40 milhões para a primeira etapa de implantação. O programa também prevê pontos de rede de internet sem fio que podem ser disponibilizados em locais públicos, além da requalificação dos telecentros já existentes.
Edição: Graça Adjuto