Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) da Polícia Civil vai começar a ouvir hoje (9) 18 pescadores da Baía de Guanabara sobre ameaças de morte recebidas por eles. Entre as pessoas que serão ouvidas hoje está o presidente da Associação Homens do Mar da Baía de Guanabara (Ahomar), Alexandre Anderson de Souza.
A Draco investiga denúncias de envolvimento de uma suposta organização criminosa nas ameaças que vêm sendo feitas contra a vida de lideranças da associação. Desde 2009, quatro integrantes da Ahomar foram assassinados, sendo os dois últimos no mês passado. As mortes vêm sendo investigadas pela Delegacia de Homicídios.
Alexandre Anderson disse que vem percebendo ameaças de morte desde 2007 e que já sofreu alguns atentados contra sua vida. “Eu nunca deixei de receber as ameaças, mas, nos últimos três meses, elas se tornaram mais intensas. Mais dez lideranças da Ahomar também passaram a receber ameaças. Nas últimas semanas, temos recebido a presença física de algumas pessoas, integrantes de grupos de extermínio, na porta de nossas casas”, disse.
De acordo com a Secretaria de Segurança, Alexandre Anderson tem escolta policial desde 2010, quando passou a integrar o Programa Nacional de Proteção a Defensores dos Direitos Humanos. Depois dos depoimentos, a Draco vai decidir se abrirá inquérito para investigar as ameaças ou se encaminhará o caso para outras delegacias.
Edição: Talita Cavalcante