MDS usará barcos para levar assistência social a populações ribeirinhas

09/07/2012 - 15h14

Da Agência Brasil

Brasília – A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e o comandante da Marinha, Julio Soares de Moura Neto, assinaram hoje (9) termo de cooperação técnica para construção de 100 lanchas sociais e implementação do Projeto Conceitual e Especificação de Aquisição de Barcos Sociais.

A parceria entre a a Marinha e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) faz parte do Plano Brasil Sem Miséria. O objetivo é universalizar o serviço de assistência social, alcançando populações ribeirinhas das regiões Norte e Centro-Oeste, que têm dificuldades de deslocamento. Com isso, as populações ribeirinhas terão mais facilidade de acesso aos serviços sociais prestados pelos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), pois os barcos e as lanchas funcionarão como centros itinerantes.

Segundo Tereza Campello, a cooperação com a Marinha não é importante apenas por causa da produção dos equipamentos, mas também porque “quem chega a uma parcela grande da população brasileira é a Marinha”.

As lanchas sociais, que podem transportar dez profissionais de assistência social, são operadas por dois tripulantes e levam estes profissionais até as populações necessitadas. Os barcos sociais têm mais capacidade: acomodam 12 assistentes, além de uma tripulação de nove pessoas. E, por serem maiores, têm autonomia para realizar as atividades dos centros. Para a construção das lanchas e o projeto dos barcos sociais, a Marinha e o Ministério do Desenvolvimento Social dispõem de R$ 23 milhões.

Para o almirante Julio Soares, esse tipo de parceria faz parte do papel social da Marinha. Segundo ele, as lanchas serão entregues à medida que os recursos forem recebidos: “No primeiro mês, vamos entregar cinco lanchas; no segundo mês, mais cinco; nos meses seguintes, dez, dez e dez lanchas; depois 15, 15 e 15 lanchas, até chegarmos a 100." Ele estima que as 100 lanchas sejam entregues ao Ministério do Desenvolvimento Social  dentro de nove meses.

As lanchas serão construídas na Base Naval de Val-de-Cães, em Belém, no Pará. A ordem em que as comunidades serão atendidas, assim como o número de barcos a serem construídos, será determinada por meio de estudos realizados pela Marinha. O termo de cooperação técnica tem vigor até dezembro de 2014, mas pode ser prorrogado por meio de termo aditivo.

Edição: Nádia Franco