Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O reconhecimento do Rio de Janeiro pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) como Patrimônio Cultural da Humanidade, na categoria Paisagem Cultural Urbana, abre oportunidades para a cidade e o estado em termos econômicos.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado do Rio de Janeiro (Abih-RJ), Alfredo Lopes, não tem dúvida que a capital fluminense “vive sua década de ouro e o turismo protagoniza o desenvolvimento econômico da cidade”. Lopes disse que nos próximos anos, em razão dos mega eventos que ocorrerão na cidade, pelo menos 10 mil novos quartos de hotéis entrarão em operação. A média de ocupação hoteleira anual se mantém entre 75% a 80%.
“A hotelaria aproveita para se renovar e treinar sua mão de obra para atender a demanda, que cresce a passos largos. Recebemos com orgulho esse título. O sólido calendário de eventos, a bem-sucedida política de segurança pública e a exposição positiva da cidade na mídia internacional convergem para o excelente momento do turismo na cidade”, disse.
De acordo com dados da Abih-RJ, com base em pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Rio de Janeiro, incluindo capital e região metropolitana, dispõe de cerca de 38,5 mil quartos de hotel. No ano passado, 500 novos quartos entraram em operação. A previsão é que 5,8 mil novos quartos comecem a ser construídos este ano, com previsão de entrada em funcionamento em 2014, totalizando 17 novos hotéis. A Abih-RJ estima que até 2016 entrarão em operação, “pelo menos”, 10 mil novos quartos.
Durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, encerrada no dia 22 de junho passado, a ocupação ficou em cerca de 85%, no período de 12 a 19 de junho, e 95%, no período de 19 a 23 do mesmo mês.
Na avaliação do presidente do Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SindiRio), Pedro de Lamare, o título concedido pela Unesco “só vem a somar com o movimento de alta que a cidade do Rio tem vivido”.
Lamare destacou que o título de Patrimônio Cultural da Humanidade ajuda também a conscientizar a população, “de que nós temos que cuidar dessa paisagem, na questão da preservação, do próprio comportamento em relação ao meio ambiente. Traz uma melhora crescente da autoestima do carioca”.
Em termos econômicos, Lamare disse que o título inédito reforça a imagem do Rio de Janeiro como destino turístico internacional e faz com que o foco da cidade aumente para o turista estrangeiro e, também, nacional. O presidente lembrou que, na última temporada, o turista brasileiro teve presença marcante na cidade.
“Isso vai trazer negócios”, assegurou, aludindo à contribuição prevista para o aumento do turismo e da entrada de divisas no Rio de Janeiro, que tem hoje uma perspectiva positiva na área turística em função de grandes eventos já programados, como a Copa das Confederações e o Encontro Mundial da Juventude com o Papa, em 2013; a Copa do Mundo de Futebol, em 2014 e as Olimpíadas, em 2016.
Edição: Fábio Massalli