Roberta Lopes*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O recuo do Produto Interno Bruto (PIB) da Grécia deverá ser ainda maior que o previsto anteriormente para este ano. A estimativa do novo governo grego é que a economia produza 6,7% a menos do que no ano passado, sendo que a projeção anterior era queda de 4,5%.
Em abril, o Banco Central grego tinha já previsto o agravamento da recessão, ao admitir uma queda do PIB “perto dos 5 %”, superior às estimativas oficiais (3%). Nos últimos dois anos a redução do produto alcançou a 11%.
“A situação da economia permanece crítica e particularmente difícil”, disse hoje (3) o vice-ministro das Finanças, Christos Staikouras. Ele lembrou ainda que em março o desemprego foi 22%.
O novo governo de coalizão grego, dirigido pelo conservador Antonis Samaras, comprometeu-se em prosseguir as reformas previstas pelos credores internacionais, apesar de ter solicitado “alterações para favorecer o crescimento”.
“É necessário seguir políticas orientadas para o crescimento, alterar as políticas injustas e readaptá-las para travar a recessão”, sugeriu Staikouras.
O ministro sublinhou ainda que o plano econômico imposto pela União Europeia (UE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) deve ser complementado por políticas “destinadas a favorecer o emprego”.
A Grécia é o país da UE que enfrenta as maiores dificuldades econômicas por causa da crise internacional. A recessão, desencadeada em 2008, se agravou a partir de 2010, o que forçou o país a recorrer aos empréstimos internacionais.
* Com informações da agência pública de notícias de Portugal – Lusa
Edição: Rivadavia Severo