Guilherme Jeronymo
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), agência pública de fomento ao desenvolvimento tecnológico, oficializou hoje (21) convênio com o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF, antiga Confederação Andina de Fomento), para destinar US$ 200 milhões a projetos de energia renovável.
Pelo acordo, serão destinados US$ 100 milhões pela Finep, que se somarão a igual quantia do CAF, a um programa de financiamento de projetos que incluirá o Brasil e os 18 países-membros do banco, atuante na região da América Latina e Caribe.
O presidente da Finep, Glauco Arbix, declarou que “o mundo precisa de uma economia baseada em atividades de baixo carbono. O mundo e cada país precisam contribuir para a diminuição do efeito estufa e das emissões de poluição, e as energias renováveis exigem muita pesquisa, muito trabalho da ciência, muito trabalho das empresas para que a gente consiga ter condições de deixar algum legado positivo para os nossos filhos, netos e bisnetos”.
Para o presidente do CAF, Enrique Rodríguez, é importante neste momento, para a região, “promover instrumentos em nível técnico para a preparação de estudos, apoiar pesquisas e financiar projetos em empresas privadas ou públicas que sigam esta linha”.
Embora tímido em vista do Programa Brasil Sustentável, que a Finep lançou na última terça-feira (19) e contará com R$ 2 bilhões em recursos, o acordo com a CAF ganha importância pelo seu caráter estratégico, ao unir agências de fomento com experiências próximas – a CAF tem um programa voltado para a geração de patentes, enquanto os brasileiros têm atuação ampla na incubação de empresas e projetos inovadores.
“O que nós estamos fazendo é tentar ampliar esta inovação, porque quanto mais amigável à inovação for a economia latino-americana mais o Brasil vai navegar melhor, e vice-versa, dado o tamanho do Brasil, as condições brasileiras e o peso da economia do Brasil na América Latina. Quanto mais amigável for a economia brasileira mais facilmente os países latino-americanos vão conseguir se desenvolver nas áreas críticas de tecnologia e de energias renováveis”, conta Arbix.
Segundo Rodríguez, um dos resultados esperados é a criação de uma agência de patentes para a região, para o registro de produtos e processos nos principais mercados e garantir a competitividade dos polos locais.
Edição: Lana Cristina