Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Diplomatas e oficiais e assistentes de chancelaria do Ministério das Relações Exteriores entraram hoje (21) no terceiro dia de greve. Segundo informações do comando de greve, 90 postos no exterior paralisaram as atividades.
Segundo o secretário-geral do Sinditamaraty, Rafael de Sá Andrade, os postos no exterior estão atendendo apenas casos de emergência: morte, passaportes roubados, prisões, problemas em aeroportos, entre outros.
Aderiram à greve postos em cidades como Londres, Nova York, Paris, Washington, Istambul, Atlanta, Cairo, Cingapura, Tóquio, Houston e Munique.
Os servidores do ministério pedem, além de reajuste salarial, questões de ordem estrutural e gestão de pessoas.
Andrade disse que os grevistas estão realizando reuniões diárias com o secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Ruy Nunes Pinto Nogueira, e ele se comprometeu a levar as reivindicações da categoria para o Ministério do Planejamento.
Hoje, servidores da área ambiental do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizaram paralisações de um dia em vários estados reivindicando a reestruturação da carreira de especialista em meio ambiente.
A presidente da Associação Nacional dos Servidores do Ibama (Asibama), Ana Maria Evaristo Cruz, disse que o governo federal tem prazo até 31 de julho para apresentar uma proposta para reestruturação da carreira da categoria.
Em Brasília, os servidores realizaram um protesto em frente à sede do Ibama com cruzes simbolizando o enterro do Código Florestal. Eles também chamaram atenção para a reestruturação da carreira. Segundo o presidente da Asibama-DF, Henrique Silva, está prevista para meados de julho uma nova negociação com o governo para discutir este tema.
De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Federais (Sindsep -DF), dez órgãos públicos aderiram à greve: ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA), das Relações Exteriores, da Justiça, da Previdência Social (MPS), da Saúde, do Trabalho e Emprego (MTE), Arquivo Nacional, Funasa, Incra e Funai. Na segunda-feira, os servidores do Hospital das Forças Armadas (HFA) também devem aderir à greve.
O ministério do Planejamento informou que está negociando com cada uma das carreiras para tentar chegar a um acordo. Contudo, ainda não há qualquer definição sobre percentuais de aumento salarial ou reestruturação de carreira.
Edição: Fábio Massalli