Renata Giraldi e Carolina Gonçalves
Enviadas especiais da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Nos próximos três dias da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), negociadores de 193 países se reúnem em dez painéis de debates intitulados Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável. Essa é a segunda etapa das negociações que antecedem a reunião de cúpula dos chefes de Estado e de Governo, nos dias 20 a 22. Nesta fase, os negociadores se concentrarão nos temas apontados como essenciais pela comunidade internacional.
Os painéis se concentram nas discussões sobre desemprego, trabalho decente e migrações, e o desenvolvimento sustentável como resposta às crises econômicas e financeira. A ideia é buscar a convergência em três dimensões - social, ambiental e econômica.
Depois de quase 72 horas de reuniões nos últimos dias, sem consenso, os negociadores ao menos chegaram a uma conclusão comum: não é possível manter o modelo atual de desenvolvimento, pois ele não atende à demanda crescente projetada para o futuro. Com essa certeza, os representantes dos países prometem buscar um acordo geral sobre os assuntos considerados fundamentais.
Amanhã (17), a questão específica sobre o desenvolvimento sustentável será discutida no que se refere à erradicação da pobreza e o combate à fome. Para debater o assunto estarão no grupo a ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, e a presidenta da Federação Nacional de Mulheres Rurais Trabalhadoras do Peru, Lourdes Huanca Atencio.
Ainda estarão em discussão as possibilidades de modelos de economia que incluam padrões sustentáveis de produção e consumo. O tema florestas encerra os debates no domingo. O ciclo de debates acaba no dia 19. A ideia é dedicar o último dia às discussões sobre cidades sustentáveis e inovação e oceanos.
Edição: Andréa Quintiere
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