Petrobras deve investir US$ 236,5 bilhões até 2016 para aumentar produção de petróleo

14/06/2012 - 18h38

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Petrobras divulgou hoje (14) que pretende investir US$ 236,5 bilhões (R$ 487,2 bilhões a preços atuais) no Plano de Negócios 2012-2016, aprovado na véspera pelo Conselho de Administração da empresa. Vai dar uma média de US$ 47,3 bilhões por ano em aplicações, mas o calendário detalhado só deve sair no próximo dia 25, segunda-feira da semana que vem.

A empresa antecipou, porém, que vai enfatizar a recuperação da produção de óleo e de gás natural. E que os projetos de exploração das reservas naturais terão foco no atendimento e alinhamento das metas físicas de cada um deles, de modo a garantir indicadores financeiros sólidos no desenvolvimento dos negócios da empresa.

A maior parte dos recursos será destinada a atividades de exploração e produção (E&P) no total de US$ 141,8 bilhões, ou 60% dos investimentos aprovados. Em seguida, na ordem decrescente, vêm os gastos com refino, transporte e comercialização (US$ 65,5 bilhões, ou 27,7%), gás e energia (US$ 13,8 bilhões, ou 5,8%), petroquímica (US$ 5 bilhões, ou 2,1%), biocombustíveis (US$ 3,8 bilhões, ou 1,6%), distribuição (US$ 3,6 bilhões, ou 1,5%) e despesas corporativas (US$ 3 bilhões, ou 1,3%).

Com esses investimentos, a Petrobras estima chegar a 2016 com produção de 3,3 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/dia), dos quais 3 milhões no Brasil, e de 2,5 milhões de barris por dia (bpd) de gás natural. A expectativa é que a produção se acelere a partir de 2014, com crescimento entre 5% e 6% por ano. Até o final de 2013 os níveis de produção devem continuar estáveis.

De acordo com o informe da Petrobras, a sistemática de implementação de projetos exige o desenvolvimento prévio das fases de identificação da oportunidade, projeto conceitual e projeto básico. Passos necessários para que o projeto se viabilize e demonstre capacidade de agregação de valores ao portfólio da empresa. Só então, os financiamentos serão efetivamente contratados.
 

Edição: Rivadavia Severo