Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Flávio Meneghetti, disse que o pacote de medidas do governo para desonerar a venda de veículos surtiu efeito. De acordo com a entidade, o número de veículos vendidos no país em maio cresceu 11,97%, com a comercialização de 455.122 unidades, ante as 406.479 registradas em abril. Na comparação com maio do ano passado, quando o comércio de veículos chegou a 507.209 unidades, houve queda de 10,27%.
“O crescimento em relação a abril já foi bastante substancial. Mas se compararmos a maio do ano passado ficou bem aquém. Acreditamos que com a soma das medidas tomadas pelo governo federal, indústria, comércio e agentes financiadores, o impacto que tivemos nos últimos dias foi bastante significativo. Então estamos otimistas de que o setor retome níveis vigorosos em junho”, declarou Meneghetti.
Meneghetti disse que o aumento de compradores nas lojas e a melhoria na aprovação do crédito estão deixando o setor otimista. “Nesses últimos dias notamos que os bancos estão aprovando em torno de 20% mais de negócios do que vinham aprovando até então. A mudança de critérios dos bancos diminuiu o risco”.
Segundo o presidente da Fenabrave, a queda com relação a maio de 2011 está ligada a expectativa moderada de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). “Além disso, o humor do mercado é outro, o cenário internacional vem se deteriorando e isso tudo contribuiu. Mas substancialmente o que mudou foi o crédito com maior rigidez para aprovação por conta da alta inadimplência”.
No acumulado do ano, houve queda de 4,26%, com 2.169.733 unidades vendidas ante 2.266.304 no mesmo período do ano passado.
Com relação aos carros usados, Meneghetti disse que o mercado ainda não ditou novos valores. De acordo com ele, os estoques estão elevados. “Vai demorar uns 30 ou 40 dias para que se estabilize o preço dos carros usados. Isso faz com que muitas pessoas que queiram comprar esperem essa estabilização de preço”.
Edição: Rivadavia Severo