Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A confiança dos empresários do comércio na economia do país apresentou queda de 2,4% na média dos meses de março, abril e maio, na comparação com igual período do ano passado.
O Índice de Confiança do Comércio (Icom), divulgado hoje (5) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), alcançou no trimestre 127,4 pontos, contra 130,6 pontos do mesmo período de 2011.
No trimestre anterior – que compreende os meses de fevereiro, março e abril de 2012 - o Índice de Confiança do Comércio havia registrado queda de 4,4%, também na comparação com o mesmo período do ano passado.
De acordo com o documento da FGV, a queda menos intensa entre os dois trimestres “sinaliza que o nível de atividade do setor volta a se aquecer moderadamente”.
Os segmentos veículos, motos e peças (–7,4%) e material para construção (–2,2%) apresentaram as quedas mais intensas no trimestre encerrado em maio, comparado com o mesmo período do ano passado.
O levantamento aponta ainda que as avaliações dos empresários do comércio sobre o momento atual ficaram estáveis (0,0%) em relação ao mesmo período de 2011, enquanto no trimestre encerrado em abril, o Índice da Situação Atual havia sido - 3,7% na mesma base de comparação.
Na média dos meses de março a maio, 19,6% das empresas consultadas avaliaram o nível atual de demanda como forte e 20,1%, como fraca. No mesmo período de 2011, esses percentuais haviam sido 19,9% e 20,4%, respectivamente.
Já em relação aos próximos meses, a percepção das empresas do setor mostrou-se menos desfavorável. O Índice de Expectativas caiu 3,9% no trimestre encerrado em maio, enquanto a queda em abril havia chegado a 4,8%, na mesma base de comparação.
Entre as empresas consultadas, 60% esperam melhora da situação dos negócios e 4,3% acreditam que haverá piora. No mesmo período do ano passado, 66,9% dos empresários consultados estavam otimistas, enquanto 3,2% esperavam uma situação menos favorável.
Para compor o Índice de Confiança do Comércio de maio, a Fundação Getulio Vargas coletou dados entre os dias 2 e 29 do mês entre 1.238 empresas, responsáveis por um total de 121.846 pessoas ocupadas.
Edição: Davi Oliveira