Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) deram hoje (4) o sinal verde ao governo de Portugal para receber a quinta parcela do plano de ajuda financeira. Segundo autoridades do setor, Portugal atendeu às expectativas da UE e do FMI na contenção de gastos e austeridade interna. As medidas adotadas por Portugal levarão o país a investir nos fundos de três instituições bancárias
O FMI e a UE confirmaram hoje que serão repassados a Portugal a quinta parcela da ajuda internacional, cujo valor total é 78 bilhões de euros. A missão de técnicos que examinou as contas públicas portuguesas, na quarta avaliação trimestral sobre a aplicação do plano de rigor, liberou o pagamento da parcela de 4,1 bilhões de euros.
O ministro das Finanças de Portugal, Vitor Gaspar, disse que apesar do agravamento da situação externa devido ao impacto da crise econômica internacional, o governo português conseguiu cumprir as metas fixadas e deve fechar o ano com déficit público em 4,5% de seu Produto Interno Bruto (PIB).
No entanto, as medidas de austeridade adotadas pelo governo de Portugal levaram o país a entrar em um processo de recessão. A previsão dos analistas é que a economia portuguesa caia 3% ao longo do ano. Mas a previsão é que Portugal volte a crescer em 2013 pelo menos 0,2%.
O governo de Portugal anunciou ainda que vai injetar 6,65 bilhões de euros em três instituições bancárias: o Banco Comercial Português, o Banco Português de Investimentos, ambos privados, além do banco estatal Caixa Geral de Depósitos. A ajuda faz parte do programa já previsto de adaptação dessas instituições financeiras às reservas de capital exigidas pela Autoridade Bancária Europeia.
*Com informações da emissora pública de rádio da França, RFI//Edição: Graça Adjuto