Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Um dia depois de as potências ocidentais expulsarem os diplomatas sírios, o governo do Japão tomou hoje (30) a mesma decisão. O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão, a exemplo de outras nações, anunciou que o embaixador da Síria em Tóquio, Mohamed Ghassan Al Habash, e demais diplomatas sírios terão de deixar o território japonês.
"Essa é uma ação para demonstrar o protesto do Japão contra a Síria, não só pela violência, mas também pelas últimas violações graves dos direitos humanos", informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão, em comunicado. "O governo japonês tomou esta decisão em coordenação com outros Estados [países]."
As decisões dos governos do Japão, dos europeus, dos Estados Unidos e da Austrália são um protesto ao massacre ocorrido domingo (27) em Houla, no Centro da Síria. Nos embates entre agentes do governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, e civis, 108 pessoas foram mortas, inclusive 49 crianças, e 300 feridas. Há indicações de execução à queima-roupa.
O governo do Brasil não cogita expulsar diplomatas sírios, segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Tovar Nunes. De acordo com ele, o governo brasileiro defende o diálogo e não vê necessidade de declarar diplomatas sírios como persona non grata.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que vai aguardar as declarações do emissário especial da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, que negocia com o governo de Damasco o cumprimento do cessar-fogo entre rebeldes e tropas oficiais.
*Com informações da agência de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto