Da Agência Brasil
Brasília – A seca que afeta o Rio Grande do Norte e já alcança 139 municípios do Semiárido ainda pode se agravar, porque o período de chuvas, que ocorre de novembro a maio, já está no final sem que haja sinal de reversão do ciclo de estiagem. O alerta é da Defesa Civil do estado, que contabiliza perdas entre agricultures e pecuaristas devido à falta de água.
O tenente Lavínio Flávio de Souza, assessor da Coordenadoria de Defesa Civil do estado, disse à Agência Brasil que ações de socorro foram iniciadas. “O Exército está fazendo o abastecimento de água e, em breve, o governo repassará cestas básicas para serem distribuídas. A solicitação já foi feita às autoridades competentes”, disse.
Muitos criadores de gado estão vendendo o rebanho ou transportando os animais para regiões menos afetadas pela seca. Ainda segundo a Defesa Civil, agricultores de alguns municípios perderam as lavouras ou tiveram colheitas abaixo do esperado.
No Ceará, 21 municípios estão em situação de emergência. Ao todo, 81 municípios, cerca de 45% do estado do Ceará, sofrem com a estiagem. Para amenizar os problemas da seca, o governo do estado criou o Comitê Integrado de Combate à Estiagem, formado por representantes de instituições federais e estaduais.
De acordo com Helcio Queiroz, coordenador da Defesa Civil no Ceará, o comitê tem a função de discutir e encontrar soluções para amenizar a seca no estado. “O governo está tentando dar uma resposta mais estrutural e menos emergencial aos problemas causados pela estiagem, por meio das ações integradas de vários órgãos”, explicou.
Segundo Queiroz, 60% da safra agrícola do estado foram perdidas com a estiagem. Uma das medidas tomadas pelo governo do estado para amenizar o problema foi a antecipação do Seguro-Safra para os agricultores.
Edição: Davi Oliveira