Jorge Wamburg
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A pesquisa Sondagem Indústria da Construção, divulgada hoje (24) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), constatou que a capacidade de operação das empresas do setor de construção subiu 2 pontos percentuais em abril, atingindo 72%, em média, contra 70% em março.
O crescimento ocorreu tanto nas grandes quanto nas pequenas empresas, segundo a pesquisa realizada entre 2 e 15 de maio com 470 empresas, das quais 169 de pequeno porte, 197 médias e 104 grandes. Já em relação ao nível de empregados, o setor da construção registrou 51 pontos, sinalizando crescimento no número de vagas de trabalho na comparação com março.
O volume de recursos, mão de obra e maquinário usados pelas empresas são medidos pelo indicador utilização da capacidade de operação (UCO), que, nas construtoras de grande porte, aumentou de 73% em março para 75% no mês passado. Nas pequenas empresas, a UCO aumentou de 63% para 66% entre um mês e outro. Nas médias empresas, o indicador se manteve estável em relação a março, repetindo 70%.
Segundo a pesquisa, o crescimento do setor foi acompanhado pelo indicador de atividade em relação ao usual – ou seja, na comparação com a média do mesmo mês de anos anteriores. Enquanto o nível de atividade em relação ao usual em março registrou 48,5 pontos, apontando queda, em abril o indicador assinalou 49,9 pontos, mostrando que a atividade está igual ao habitual para o mês. De acordo com a metodologia da pesquisa, o indicador varia de 0 a 100 pontos, e valores acima de 50 pontos indicam crescimento.
A melhora da atividade não foi homogênea entre os portes de empresas, conforme a análise da CNI. Enquanto o nível de atividade nas grandes ficou acima do usual, com 52,4 pontos, as pequenas e médias empresas ficaram abaixo, com 46,6 e 47,7 pontos, respectivamente. Para a CNI, isso demonstra que o início de ano foi fraco para o setor e a recuperação observada em abril está sendo puxada pelas grandes empresas.
Na comparação com março, a atividade em abril também se manteve estável, com o indicador em 50,6 pontos. Em maio, as expectativas para os próximos seis meses continuam positivas, mas o otimismo dos empresários caiu pelo terceiro mês consecutivo. Na avaliação do nível de atividade, o índice recuou de 60,3 pontos em abril para 58,7 pontos este mês.
O indicador de novos empreendimentos e serviços decresceu de 60,5 para 58,6 pontos de um mês para o outro. Embora positiva, também se reduziu a expectativa sobre o número de empregados, de 58,9 para 57,4 pontos no período. Já o índice de compras de insumos e matérias-primas manteve-se praticamente estável, com 58,6 pontos em maio.
Edição: Lana Cristina