Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A greve dos docentes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que teve início hoje (23), não afetou o funcionamento do Hospital São Paulo, o hospital universitário da instituição federal, que funciona na Vila Clementino, zona sul da capital paulista. Segundo a Unifesp, a unidade funciona normalmente, já que a greve dos docentes não envolve os servidores da universidade.
Segundo a Associação dos Docentes da Unifesp (Adunifesp), a paralisação atinge cinco dos seis campi da Unifesp no estado de São Paulo (Baixada Santista, Diadema, Osasco, São José dos Campos e São Paulo). Em Guarulhos, os docentes estão mobilizados, mas ainda avaliam se entrarão em greve, embora os estudantes, insatisfeitos com as condições estruturais do campus, já estejam parados há quase dois meses. Segundo a Adunifesp, a instituição tem há 1,2 mil professores.
“O hospital, por enquanto, está normal. O pronto-socorro está normal. Atendimentos e consultas estão normais. Essas coisas são discutidas com muita prudência para não haver prejuízo da população”, disse Virgínia Junqueira, presidente da Adunifesp, em entrevista à Agência Brasil.
Os professores reivindicam a reestruturação do plano de carreira que está sendo negociado, segundo Vírgina, pelo menos há um ano e meio, com o governo federal. “Havia o prazo para que fosse apresentada uma proposta até 30 de março. O governo descumpriu o prazo, pediu mais dois meses e, no dia 15, nos apresentou uma proposta insatisfatória”, disse ela. Uma nova rodada de negociação está marcada para segunda-feira (28) em Brasília. No dia seguinte, os professores fazem assembleia, no Campus São Paulo.
Edição: Vinicius Doria