Da Agência Brasil
Brasília – A Defesa Agropecuária do Distrito Federal suspeita que aproximadamente 600 cavalos de criadores locais estejam infectados com a influenza equina. A doença apresenta os mesmos sintomas da gripe humana, como febre, tosse, secreção nasal e letargia (cansaço). O maior prejuízo é no rendimento do trabalho animal, causando perdas econômicas ao proprietário.
De acordo com o gerente de Sanidade Animal da Secretaria de Agricultura, Bernardo Lafetá, a enfermidade não oferece riscos aos seres humanos. O Distrito Federal não tem notificação de casos da doença há mais de dez anos.
A suspeita da gripe foi detectada em cerca de cem cavalos que vivem na Granja do Torto. Os animais apresentaram os sintomas da infecção dias depois da Exposição Agropecuária de Brasília, realizada em abril.
“Os exames laboratoriais só podem ser feitos em determinado período da manifestação sintomática. Até agora fizemos a coleta de sangue em um dos animais da Granja. Caso seja constatada a doença, é certo que os outros animais que tiveram contato também contraíram a gripe”, esclareceu Lafetá.
Por se tratar de doença de fácil transmissão, a Granja do Torto foi interditada e todos os animais que estiveram no evento foram identificados e proibidos de transitar no Distrito Federal e em outros estados.
“A Secretaria de Agricultura parou de conceder a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que dá livre passagem aos animais de produção, para todas as propriedades que participaram do evento em abril. A medida foi tomada para prevenir a disseminação da infecção”, salientou o gerente.
O vírus da doença é mutagênico, por isso, até mesmo os animais que foram vacinados correm o risco de terem sido contaminados com a gripe equina. O cavalo infectado é um potencial contaminador até 28 dias depois do início dos primeiros sintomas.
Caso seja constatada a doença, os animais serão submetidos a repouso absoluto, alimentação nutritiva e água limpa. Nos casos de maior gravidade, também receberão medicamentos.
Segundo o gerente de sanidade animal, os animais contaminados não precisam ser sacrificados. “Uma vez identificada a doença, eles serão tratados e o risco de morte, pela gripe, é quase zero. O principal problema que a infecção pode causar é o baixo rendimento dos animais [para o trabalho]”, afirmou.
A gripe equina é uma doença de notificação obrigatória, por isso os criadores que observarem os sintomas nos animas devem avisar à Secretaria de Agricultura imediatamente. Para isso, basta ligar para a Diretoria de Defesa e Vigilância Agropecuária do DF, no telefone (61) 3340–3862, ou comparecer à unidade da Granja do Torto ou a uma das bases operacionais localizadas nas cidades-satélites de Brazlândia, Gama, Planaltina, Sobradinho e Planaltina, além da própria sede da Secretaria de Agricultura.
Edição: Davi Oliveira