Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Sem uma alteração muito clara em padrões de produção e consumo, não se conseguirá a sustentabilidade. A opinião é do secretário executivo da Comissão Nacional para a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), embaixador Luiz Alberto Figueiredo. Para ele, quem tem que liderar essas mudanças são os países ricos, que possuem padrões de produções e consumo insustentáveis.
Segundo Figueiredo, que participou hoje (11), no Rio de Janeiro, de debate com profissionais da mídia sobre a Rio+20, essas mudanças de padrões envolvem, pelo lado da produção, o uso mais racional e eficiente de recursos naturais e de energia, além do aprimoramento de processos produtivos e, pela área do consumo, maior educação e alterações culturais que levem as populações a “não testarem os limites do planeta”.
“Quando se fala em padrões de produção e consumo, quem tem que liderar [essa mudanças] são os países ricos, que têm claramente os padrões mais insustentáveis. Não é possível achar razoável exigir que a nova classe média da Índia ande de bicicleta para salvar o planeta, se a classe média nos países desenvolvidos tem dois carrões na garagem”, disse.
O embaixador Figueiredo defende a busca por uma convergência entre os dois modelos extremos de consumo.
“Temos que buscar uma contração dos que estão abusando e um aperfeiçoamento dos que não têm nada para que cheguemos a um padrão que o planeta aguente, que o planeta sustente”, acrescentou.
Edição: Fábio Massalli