Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, disse hoje (7) que o governo dará todas as garantias para assegurar o sucesso da libertação do jornalista francês Roméo Langlois, de 35 anos, que há uma semana está em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Para a guerrilha, o jornalista francês é chamado de prisioneiro de guerra. Em visita a Cingapura, Santos apelou para a libertação imediata de Langlois.
"O governo colombiano está disposto a dar todas as facilidades para que a liberação ocorra o mais rápido possível, mas se realmente [as Farc] querem ficar bem com o mundo devem libertá-lo e nos dizer onde ele está para irmos atrás, assim de forma simples”, disse o presidente.
Ontem (6), as Farc divulgaram um vídeo no qual confirmam que o jornalista francês desaparecido está em seu poder. Segundo o grupo, o refém deve ser libertado "em breve". O vídeo foi divulgado por um grupo de correspondentes estrangeiros, que gravou imagens de um comandante do esquadrão da Frente 15 (uma unidade das Farc) lendo um comunicado em que os guerrilheiros informam que Langlois é "prisioneiro de guerra.".
O jornalista francês foi capturado quando viajava com uma patrulha militar. As Farc informaram, no entanto, que Langlois foi capturado durante um confronto entre um grupo de guerrilheiros e militares com os quais viajava. Segundo as Farc, o jornalista sofreu um ferimento no braço durante o confronto, mas está fora de perigo.
Na Colômbia, jornalistas não costumam viajar juntos com militares, que evitam levá-los a locais de possíveis conflitos. No momento da captura, Langlois vestia colete e capacete militar, informou o ministro da Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón. De acordo com Pinzón, o jornalista se identificou para os guerrilheiros como civil.
"Estou muito contente em saber que o jornalista francês está em boas condições e que as Farc já anunciaram que pretendem libertá-lo o mais rápido possível", disse Santos. Ele rebateu o argumento das Farc de que Langlois é prisioneiro de guerra: “Os jornalistas não são e nunca foram prisioneiros de guerra, por isso espero que o libertem em breve”.
*Com informações da Presidência da República da Colômbia e da BBC Brasil//Edição: Graça Adjuto