Daniel Lima e Kelly Oliveira
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – Em sua longa história de existência, a caderneta de poupança passou por mudanças ao longo do tempo. A poupança surgiu com dom Pedro II, que criou a Caixa Econômica da Côrte, em 1861. O decreto do imperador estabeleceu que o banco iria “receber, a juro de 6%, as pequenas economias das classes menos abastadas”.
Segundo histórico publicado no site da Caixa, a partir de 1872 também passou a ser permitido recolher os depósitos feitos pelos “escravos de ganho”, aqueles que trabalham em atividades para receber dinheiro tanto para seus senhores como para si.
Já no histórico elaborado pelo Itaú, há a informação de que, ao longo do tempo, “as regras sobre remuneração às vezes mudaram, mas a taxa de 6% continuou a ser a referência. Outras instituições de poupança foram criadas e, em 1915, o governo centralizou a fixação do rendimento”.
Na década de 60, “a poupança adquiriu papel importante no financiamento imobiliário”. “A correção monetária chegou em 1964. A partir daí, o poupador passou a receber a correção mais um juro “real” de 0,5% ao mês. E os bancos passaram a destinar 65% dos depósitos ao crédito habitacional”, explica o banco.
No final da década de 1980, por causa da inflação alta, a correção monetária passou de mensal a diária. Nessa época, as contas passaram a ter aniversário todo mês. E o BC passou a publicar um fator de correção para os 30 dias posteriores ao depósito. Desde 1991, o fator diário de correção é a TR.
Edição: Lana Cristina